O contínuo de Daniel oito a abominação desoladora e o ministério de Cristo no lugar santo do santuário celestial.
(Na próxima postagem trataremos de responder o material do Alexandre Botelho com o titulo “O santuário e seus ritos” e logo após “O espírito de dominação dentro dos movimentos leigos” aguarde!)
O QUE É O CONTÍNUO DE DANIEL CAPÍTULO OITO?
“E de um deles saiu um chifre muito pequeno, o qual cresceu muito para o sul, e para o oriente, e para a terra formosa. E se engrandeceu até contra o exército do céu; e a alguns do exército, e das estrelas, lançou por terra, e os pisou. E se engrandeceu até contra o príncipe do exército; e por ele foi tirado o [sacrifício] contínuo, e o lugar do seu santuário foi lançado por terra e um exército foi dado contra o [sacrifício] contínuo, por causa da transgressão; e lançou a verdade por terra, e o que fez prosperou. Depois ouvi um santo que falava; e disse outro santo àquele que falava: até quando durará a visão do [sacrifício] contínuo, e da transgressão assoladora, para que sejam entregues o santuário e o exército, a fim de serem pisados? E ele me disse: até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado.” Daniel 8:9 - 14.
O livro do profeta Daniel estabelece verdades que confirmam o surgimento de um movimento profético que nasceu num tempo profético contendo uma mensagem profética, que é as três mensagens angélicas para serem proclamadas ao mundo. Este movimento conhecido como milerita que mais tarde no desenvolvimento veio a receber o nome de adventista do sétimo dia, tal movimento foi suscitado por Deus para restaurar as verdades que durante a idade média, o papado lançou por terra.
A principal destas verdades que o anticristo jogou por terra foi exatamente o ministério de Cristo no santuário celestial. Muito bem, precisamos compreender as verdades contidas nestes versos o qual lemos acima. O livro de Daniel capítulo 8 estabelece o ministério de Cristo no santuário celestial em duas fazes: o primeiro compartimento chamado lugar santo, e o segundo compartimento chamado lugar santíssimo. E precisamos identificar as duas fazes do ministério de Cristo no santuário celestial nesta profecia de Daniel capítulo 8, necessitamos também compreender a relação que existe entre Daniel oito e o movimento adventista do sétimo dia. A partir de agora faremos 12 perguntas e as responderemos à medida que avançarmos no estudo tema.
1- quem é o chifre pequeno que cresceu para o sul e para o oriente e para a terra formosa? 2- quem é o chifre pequeno que se engrandeceu contra o exército do céu?
3- quem é o exército do céu?
4- quem é o príncipe do exército?
5- quem é o senhor dos exércitos?
6- contra quem ele se engrandeceu e o que ele fez?
7- o que significa o contínuo que foi tirado?
8- que lugar do seu santuário é este que foi lançado por terra?
9- o que é a transgressão assoladora que foi posta no lugar do contínuo?
10- até que tempo duraria o contínuo e a transgressão assoladora que pisaria o santuário e o exército?
11- onde entra em Daniel oito a primeira faze do ministério de Cristo chamado lugar santo?
12- onde em Daniel oito encontramos a segunda faze do ministério de Cristo chamado lugar santíssimo?
Antes, porém, de darmos início ao tema em Daniel oito, considere o que a senhora Ellen White diz sobre tal estudo:
“como povo devemos ser estudantes diligentes da profecia; não devemos sossegar sem que entendamos claramente o assunto do santuário, apresentado nas visões de Daniel e de João. Este assunto verte muita luz sobre nossa atitude e nossa obra atual, e dá-nos prova irrefutável de que Deus nos dirigiu em nossa experiência passada. Explica nosso desapontamento de 1844...” Evangelismo, pág. 222, 223.
Observe que a profetisa nos diz que devemos ser estudantes diligentes da profecia de Daniel e de Apocalipse, pois nelas está, a experiência que passaria o grande movimento de 1844 em relação com o santuário celestial.
“Roma pagã em sua primeira fase”
Leiamos então o verso nove de Daniel 8:
“... e de um deles saiu um chifre muito pequeno, o qual cresceu muito para o sul, e para o oriente, e para a terra formosa.” Daniel 8: 9.
Aqui neste verso vemos o surgimento do império de Roma pagã em sua primeira faze como o poder dominante que saiu de um dos chifres do império da Grécia. O Pastor chamado Clifford Goldstein em seu livro 1844 diz:
“o poder do chifre pequeno, que aparece em seguida no verso nove, começa como Roma pagã, que “se tornou muito forte para o sul, para o oriente, e para a terra gloriosa”. Aqui vemos a expansão horizontal deste poder pela terra, o que realmente ocorreu com o império de Roma, e, portanto, encaixa-se perfeitamente na profecia.” Clifford Goldstein em 1844 pág. 68.
Em Daniel 2 com a visão da estátua que representa a história do mundo pela sucessão de impérios e reinos, podemos ver este mesmo poder representado pelas pernas de ferro, que é a Roma pagã. Ler Daniel 2: 33 e 40. Em Daniel 7 com a visão dos quatro animais temos também estes mesmos impérios e reinos, e encontramos o império de Roma pagã identificado como sendo o quarto animal terrível e espantoso. Ler Daniel 7:7, 17 e 23. Quando o filho de Deus nasceu em Belém da Judéia, o poder dominante da época era o Império Romano pagão que dominava o mundo de seus dias.
O povo judeu estava ha milhares de anos esperando o messias, que segundo a sua concepção viria para libertá-los do jugo romano. Porém este foi um dos enganos que satanás preparou como ferramenta para enganar o povo escolhido a fim de levá-los a rejeitar e crucificar o Cristo, o messias da profecia de Daniel 9. Até mesmo os discípulos de Jesus foram influenciados pela idéia de que Cristo viria para libertá-los do jugo romano. E por conta desta idéia sofreram desapontamento. O povo judeu odiava os romanos e, no entanto Satanás levou os líderes da nação a interpretar mal as profecias a ponto de eles ensinarem baseado na palavra de Deus que o messias viria para libertá-los do jugo e da escravidão romana. Fazendo-os aplicarem as profecias que falava da Sua segunda vinda como tendo cumprimento na Sua primeira vinda. Mas Jesus mostrou aos judeus e aos seus discípulos que eles não deveriam odiá-los, mas deveriam respeitar e pagar os seus impostos e obedecer às autoridades romanas até o ponto em que não fossem levados a transgredir as leis de Deus.
Jesus não para libertá-los da escravidão romana, mas veio para libertá-los dos seus pecados, para dar exemplo de como viver os princípios da lei de Deus na humanidade. Morreu como o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo a fim de cumprir os tipos nas ofertas sacrificais que apontavam a Jesus como o antítipo das ofertas cerimoniais do santuário terrestre. Quando Jesus estava na sala do governador Pôncio Pilatos sendo julgado por este cidadão romano influenciado pelos clamores do povo judeu, Pilatos disse ao povo judeu:
“levai-o vós, e julgai-o segundo a vossa lei. Disseram-lhe então os judeus: a nós não nos é lícito matar pessoa alguma.” João 18: 31.
Aqui vemos o povo judeu apelando para o império romano pagão como único meio de crucificar e matar o salvador de suas vidas, que durante tanto tempo esperavam como messias. Assim foi o império romano pagão que matou a Jesus, o filho de Deus. Jesus em seu ministério durante três anos e meios preparou os seus discípulos para no futuro serem testemunhas de sua morte e ressurreição. Edificou-os como a sua igreja de tal maneira que no pentecostes, foram cheios do Espírito Santo proclamando a todos que de fato Jesus é o filho de Deus, a quem eles haviam rejeitado e crucificado. Assim a igreja primitiva ganhou muitos conversos à fé, e veio para as fileiras da igreja apostólica, o ardoroso apóstolo Paulo. Foi um poderoso instrumento nas mãos de Satanás para perseguir a igreja de Deus e de Jesus. Mas como ele era sincero naquilo que estava fazendo, Deus viu nele o apóstolo que levaria os triunfos da verdade e da cruz de nosso salvador Jesus. O apóstolo Paulo perto de sua partida e de seu martírio admoestou a igreja de seu tempo dizendo:
“olhai, pois, por vós, e por todo rebanho... Porque eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão o rebanho. E que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si. Portanto, vigiai, lembrando-vos de que durante três anos, não cessei, noite e dia, de admoestar com lágrimas a cada um de vós.” Atos 20: 28 - 31.
O apóstolo Paulo aqui nestes versos expressa o seu grande temor e tremor pela igreja primitiva; Em sua partida para Roma ele temeu pelos seus irmãos, pois sabia que Satanás estava preparando agentes para se infiltrar no meio e trazer heresias de perdição a fim de desviá-los da fé pura do evangelho apostólico. Naquele tempo Satanás estava planejando corromper a fé da igreja primitiva levando-os a fazer uma união com o paganismo, veja agora como nos relata O Grande Conflito a apostasia da igreja primitiva:
“Sob a capa de pretenso cristianismo, Satanás se estava insinuando na igreja a fim de corromper-lhe a fé e desviar-lhe a mente da palavra da verdade. A maioria dos cristãos finalmente consentiu em baixar a norma, formando-se uma união entre o cristianismo e o paganismo. Posto que os adoradores de ídolos professassem estar convertidos e unidos à igreja, apegavam-se ainda à idolatria, mudando apenas os objetos de culto pelas imagens de Jesus, mesmo de Maria e dos santos. O fermento vil da idolatria, assim trazido para a igreja, continuou a obra funesta... Doutrinas errôneas, ritos supersticiosos e cerimônias idolátricas foram incorporados em sua fé e culto. Unindo-se os seguidores de Cristo aos idólatras, a religião cristã se tornou corrupta e a igreja perdeu sua pureza e poder… quando os cristãos consentiram em unir-se àqueles que não eram senão semi-conversos do paganismo, enveredaram por caminho que levaria mais e mais longe da verdade… quase imperceptivelmente os costumes do paganismo tiveram ingresso na igreja cristã… em cessando a perseguição e entrando o cristianismo nas cortes e palácios dos reis, pôs ela de lado a humilde simplicidade de Cristo e seus apóstolos, em troca da pompa e orgulho dos sacerdotes e governadores pagãos; e em lugar das ordenanças de Deus colocou teorias e tradições humanas. A conversão nominal de Constantino, na primeira parte do século quatro, causou grande regozijo; e o mundo, sob o manto de justiça aparente, introduziu-se na igreja. Progredira rapidamente a obra de corrupção… o paganismo, conquanto parecesse suplantado, tornou-se o vencedor. Seu espírito dominava a igreja. Suas doutrinas, cerimônias e superstições incorporaram-se à fé e culto dos professos seguidores de cristo.” O Grande Conflito, pág. 40-42, 47 e 48.
Sem muitos comentários, até aqui vimos o poder dominante como sendo Roma pagã que dominava o mundo nos dias de Cristo e durante o período da igreja primitiva. Vimos que após a morte do apóstolo Paulo, passado alguns poucos anos Satanás conseguiu corromper a fé pura da igreja, levando-os a fazer uma união do cristianismo com o paganismo, o que preparou o caminho para o desenvolvimento e estabelecimento do poder papal, ou seja, de Roma em sua segunda fase. Roma papal em sua segunda fase. Veremos agora na profecia de Daniel a mudança de Roma pagã para a Roma papal, consideremos então:
“e se engrandeceu até contra o exército do céu; e a alguns do exército, e das estrelas, lançou por terra, e os pisou. E se engrandeceu até contra o príncipe do exército; e por ele foi tirado o (sacrifício) contínuo, e o lugar do seu santuário foi lançado por terra. E um exército foi dado contra o sacrifício contínuo, por causa da transgressão; e lançou a verdade por terra, e o que fez, prosperou.” Daniel 8: 10 – 12.
Vimos no verso 9 que Roma em sua primeira fase era pagã e fez ataque somente no sentido horizontal, por toda a terra, mas agora vemos uma mudança neste poder, o paganismo cedeu lugar ao papado e o dragão Satanás deu o seu poder e poderio e grande autoridade à besta. Agora este poder em sua segunda fase que e a papal, passa a fazer ataques para o alto, em sentido vertical, o que indica um ataque contra Deus e seu príncipe, contra o seu exército e ainda mais, contra o seu santuário, jogando-os por terra, e substituindo-os por sua obra de transgressão e abominação assoladora. Clifford Goldstein em seu livro 1844 diz:
“nos versos 10 a 12, as ações do chifre pequeno passam a dirigir-se para o alto, sinalizando uma investida religiosa. O chifre se engrandeceu até ao “príncipe do exército”, tirou-lhe o “sacrifício contínuo”, “deitou por terra a verdade” e até mesmo o “lugar do seu santuário”, aqui está à fase papal do chifre pequeno, e seus ataques ao evangelho. Clifford Goldstein em 1844 pág. 68.
Aqui então podemos entrar na segunda fase de Roma, a fase papal; Lembrando que foi a apostasia da igreja primitiva e sua união do cristianismo com o paganismo que preparou o caminho para o desenvolvimento do poder papal que agora passa a se exaltar acima de Deus ou colocando-se em lugar de Cristo, daí então surge a idéia deste poder ser chamado de anticristo. O poder papal não existia no tempo dos apóstolos. Vindo a surgir depois da união do cristianismo com o paganismo, assim se desenvolvendo quando no quinto século foi por final estabelecido. Alguns textos históricos para dar peso a esta afirmação:
“O titulo de papa, simples honraria então, dirigia-se indiferentemente a todos os diocesanos, como, ainda no século III,... nenhuma preeminência, portanto, de jurisdição, quanto mais de doutrina, lograva a capital da Itália (Roma).” Rui Barbosa em O Papa e o Concilio Vol. I, Pg. 55 Grifo meu
Todos diocesanos recebia tal título e não era exclusiva do bispo de Roma. Com o passar do tempo ao ampliarem as controvérsias em questões doutrinarias, o bispo de Roma queria ser o maior entre todos, inclusive buscando ser árbitro entre questões de doutrina, vejamos os protestos dos demais bispos contra essa intenção do bispo de Roma:
“Notórios são, porém, o vigor e a altivez com que lhe redargüiram os padres de Antioquia, as igrejas de Nicéia, de Calcedônia, de Flacila, “Advertindo-lhe que, por ser bispo de uma cidade maior (Roma), não era superior em dignidade aos demais;...” Rui Barbosa em O Papa e o Concilio Vol. I, Pg. 61 Grifo meu
Mais o bispo de Roma insistia que ele era maior que os demais, até que foi convocado o quarto concilio geral em 451, conhecido como concilio ecumênico de Calcedônia. Neste concilio foi tratado da supremacia do bispo de Roma e foi rejeitada sua prepotência e altivez:
“O último dos 28 cânones estabelecido na décima sexta sessão, a de 31 de outubro, provocou a oposição da parte dos legados papais (de Roma), que, na sessão de encerramento, a 1º de novembro, entraram com protesto formal contra ele.”
Sabe você porque deste protesto que os legados do bispo de Roma levantaram? Veja na parte final do texto agora:
“O referido Canon contradizia a doutrina do primado papal que aquele papa (de Roma) reconhecia com grande clareza e representava com a mesma determinação.” Hubert Jedin em Concílios Ecumênicos Pg. 32
Lembre-se que todos os bispos levavam o titulo honra tório de papa, que dizer “pai dos pais”. Mais a bíblia diz que este poder haveria de aparecer e dominar a igreja e se tornaria o anti-Cristo:
“Mas com isso não queria dizer que os demais bispos fossem subordinados ao papa (bispo de Roma). Ele próprio, com tantos outros na igreja primitiva, usava o titulo “papa”, que só no século 6º tornar-se-ia exclusivo do dignitário de Roma.” Eamon Duffy em Santos e Pecadores, História dos Papas Pg.15
“Até o século 5º não havia papas conforme há atualmente, embora todos os bispos fossem carinhosamente assim chamados desde, aproximadamente, o ano 300.” Karl Weiss em A igreja que veio de Roma Pg. 17
“A verdade, para começar, é que não havia “papa” algum nenhum bispo propriamente dito, pois a igreja romana tardou a desenvolver a dignidade de presbítero ou bispo chefe (ou sistema papal)... A igreja estava organizada sob o comando de um grupo de bispos e presbíteros, não de um único chefe (ou papa) ” Eamon Duffy em Santos e Pecadores, História dos Papas Pg.7
Foi aqui no sexto século que veio a surgir o sistema papal como temos hoje porque estava profetizado no livro de Daniel nos capítulos 2, 7,8. Como também em II Tessalonicenses 2:3 e 4 II Tessalonicenses 2:7 e etc. Em Daniel 2 vemos este mesmo poder ainda representado pelas pernas de ferro, que mais tarde se dividiu em dez reinos, o que é representado pelos pés da estátua contendo dez dedos que são em parte de barro e em parte de ferro. Ler Daniel 2: 33; 41- 42. Em Daniel 7, temos também Roma papal representado pelo chifre pequeno que surgiu entre os dez chifres do quarto animal terrível e espantoso. Ler Daniel 7: 8, 20, 21, 24 e 25. Vejamos agora no livro o grande conflito, como foi que este poder se exaltou contra a verdade de deus, e contra o seu santuário, ou o ministério de Cristo:
“O apostolo Paulo, em sua segunda carta aos tessalonicenses, predisse a grande apostasia que teria como resultado o estabelecimento do poder papal. Declarou que o dia de Cristo não viria “sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição; o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus”. (II Tessalonicenses 2:3 e 4). E, ainda mais, o apóstolo adverte os irmãos de que “já o mistério da injustiça opera.” (II Tessalonicenses 2:7 ). Mesmo naqueles primeiros tempos viu ele, insinuando-se na igreja, erros que prepariam o caminho para o desenvolvimento do papado… esta mútua transigência entre o paganismo e o cristianismo resultou no desenvolvimento do “homem do pecado,” predito na profecia como se opondo a Deus e exaltando-se sobre ele. Aquele gigantesco sistema de religião falsa é obra prima do poder de satanás- monumento de seus esforços para sentar-se sobre o trono e governar a terra segundo a sua vontade. No século sexto tornou-se o papado firmemente estabelecido. Fixou-se a sede de seu poderio na cidade imperial e declarou-se ser o bispo de Roma a cabeça de toda igreja… o paganismo cedera lugar ao papado. O dragão dera à besta “o seu poder, e o seu trono, e grande poderio.” Apocalipse 13:2. E começaram então os 1260 anos da opressão papal preditos nas profecias de Daniel e apocalipse. (Daniel 7: 25. Apocalipse 13:5-7.)… o acesso da igreja de Roma ao poder assinalou o início da escura idade média. Aumentando o seu poderio, mais se adensavam as trevas...” O Grande Conflito, pág. 47, 48,52.
Até aqui foram respondidas as duas primeiras perguntas que foi feita no início deste tema. Vamos de agora em diante responder a terceira pergunta e as demais sucessivamente. O exército dos céus em Daniel 8 verso 10 lemos:
“e se engrandeceu até contra o exército do céu; e a alguns do exército, e da estrelas, lançou por terra, e os pisou.” Daniel 8: 10.
Quem são o exército e as estrelas que o papado lançou por terra e os pisou? Em apocalipse 12 versos 3, 9, 4 e 9, lemos:
“e viu-se outro sinal no céu; e eis que era um grande dragão vermelho... E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o diabo, e satanás... Ele foi precipitado na terra... E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu, e as lançou por terra... E os seus anjos foram lançados com ele.” Apocalipse 12: 3, 9, 4 e 9.
Nesta cena vemos que o dragão, que é Satanás, foi expulso do céu para a terra, a sua cauda, ou seja, o seu engano levou após si a terça parte das estrelas do céu, e estas estrelas são os anjos que juntamente com Satanás foram expulsos do céu em virtude de suas rebeliões contra o altíssimo e seu filho Jesus. A palavra de Deus ainda nos confirma:
“Jacó… seguiu o seu caminho, e encontraram-no os anjos de Deus. Jacó disse quando os viu: este é o exército de Deus.” Gênesis 32:1 e 2.
Temos então que os anjos de Deus são os seres que compõem o Seu exército. Então o papado jogou por terra alguns dos anjos de Deus que servem como espíritos ministradores que recebem as bênçãos de Deus para comunicá-las aos servos de Deus em sua obra de salvar almas. Ver hebreus. 1: 14. Clifford Goldstein nos diz em seu livro 1844:
“o verso 10 diz que o papado “cresceu até atingir o exército dos céus”, além de ter lançado por terra e pisado “alguns do exército e das estrelas”. A quem chamamos de “exército dos céus”? Os anjos é claro.” Clifford Goldstein em 1844 pág. 69
O chifre pequeno, o papado lançou por terra o ministério dos anjos, mas não um lançar por terra fisicamente, mas espiritualmente, ou seja, trazendo esquecimento das suas funções em prol dos seres humanos, veja ainda no mesmo livro:
“Novamente, não estamos lidando com um lançar por terra físico, e sim, espiritual. Através das reivindicações e pretensões papais, tais como a declaração de que é superior aos anjos, ou que tem controle sobre eles, ou ainda, de qualquer outra maneira através da qual tenha historicamente blasfemado contra aqueles “que habitam no céu”, o papado engrandeceu-se até “atingir o exército dos céus”, deitando-o por abaixo, assim como espiritualmente, deitou por terra a verdade.” Clifford Goldstein em 1844 pág. 69 e 70.
Aqui então foi respondida a terceira pergunta sobre quem é o exército do céu que o papado lançou por terra, avancemos. O príncipe do exército. Agora leiamos o verso 11 do capitulo oito de Daniel:
“e se engrandeceu até contra o príncipe do exército; e por ele foi tirado o (sacrifício) contínuo, e o lugar do seu santuário foi lançado por terra. Daniel 8:11.
Neste texto temos o príncipe do exército, contra quem o papado se engrandeceu e dele tirou “o sacrifício contínuo”, e diz o texto bíblico que o papado lançou por terra “o lugar do seu santuário”. Quem é o príncipe do exército? Sem dúvida alguma que se refere a Jesus, ele é o príncipe do exército, ou melhor, o capitão das hostes do senhor Deus Jeová. O poder blasfemador, o papado engrandeceu contra Jesus, e todo aquele que se levanta contra Cristo e põe em lugar de Cristo é anticristo, daí a razão pela qual o papado é identificado nas profecias de Daniel e apocalipse como sendo o anticristo, aquele que se tem colocado em lugar de Cristo e até mesmo no lugar do próprio Deus. Mais uma vez citamos o pioneiro Clifford Goldstein, que em seu livro 1844 diz:
“O hebraico diz, literalmente, que o sacrifício contínuo, foi tirado “dele”, ou seja, do príncipe dos exércitos. O “príncipe das hostes”, evidentemente se refere a Jesus: “ao ungido, o príncipe”. Daniel 9: 25. “nesse tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe”. Daniel 12:1.” Clifford Goldstein em 1844 pág. 70.
Até aqui respondemos a quarta pergunta, prossigamos:
“o Senhor dos exércitos e fala-lhe, dizendo: assim diz o Senhor dos exércitos: eis aqui o homem cujo nome é renovo; ele brotará do seu lugar, e edificará o templo do Senhor. Ele mesmo edificará o templo do Senhor, e ele levará a glória; assentar-se-á no seu trono e dominará, e será sacerdote no seu trono, e conselho de paz haverá entre eles ambos.” Zacarias 6: 12 e 13.
Aqui nesta profecia, temos o conselho de paz entre duas pessoas para redimir o homem do pecado e de suas conseqüências. Aqui temos a relação entre duas pessoas no conselho de paz. Quem é o Senhor dos exércitos mencionado nesta profecia do profeta Zacarias? Quem é o homem nesta profecia cujo nome é renovo? Vejamos o que diz a palavra do eterno:
“porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará.” Isaias 11: 1.
Diz o profeta Isaias que brotaria um rebento, um renovo do tronco e das raízes de Jessé. Quem foi Jessé e quem é este cujo nome é renovo que brotou da raiz de Jessé? Em outra parte lemos: “e Jessé gerou ao rei Davi...” Mateus 1: 6. Aqui vimos que Jessé era pai de Davi, e em outra parte ainda lemos:
“Paulo, servo de Jesus Cristo... Separado para o evangelho de Deus... O qual antes prometeu pelos seus profetas nas santas escrituras, acerca de seu filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne.” Romanos 1: 1- 3.
O que temos aqui? Que nosso senhor nasceu da descendência de Davi, portanto a declaração de que do tronco e da raiz de Jessé brotaria um renovo, refere-se a Cristo, Jesus Cristo é o homem cujo nome é renovo. Ler também Jeremias 23: 5 e 6. Portanto, se Cristo é o renovo nesta profecia de Zacarias neste conselho de paz, então sem dúvida alguma o Senhor dos exércitos é Deus o pai. Agora vejamos o que diz o livro grande conflito sobre esta profecia de Zacarias:
“A obra de Cristo como intercessor do homem é apresentada na bela profecia de Zacarias, relativa àquele, “cujo nome é renovo”. Diz o profeta: “ele mesmo edificará o templo do Senhor, e levará a glória, e assentar-se-á, e dominará no seu trono, e será sacerdote no seu trono, e conselho de paz haverá entre ambos. Zacarias 6: 13. “ele mesmo edificará o templo do Senhor.” Pelo seu sacrifício e mediação, Cristo é tanto o fundamento como o edificador da igreja de Deus... Ele “levará a glória”. A Cristo pertence ha glória da redenção da raça decaída. Através das eras eternas, o cântico dos resgatados será: “àquele que nos ama, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados,... A Ele glória e poder para todo o sempre.” Apocalipse 1: 5 e 6. “e assentar-se-á, e dominará no seu trono, e será sacerdote no seu trono”. Agora não está “no trono de sua glória”; o reino de glória ainda não foi inaugurado. Só depois que termine a sua obra como mediador, lhe dará Deus “o trono de Davi, seu pai”, reino que “não terá fim”. Lucas 1: 32 e 33. Como sacerdote, cristo está agora assentado com pai em seu trono. (apocalipse 3: 21.) No trono, com o ser eterno e existente por si mesmo, é ele o que “tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si”; que “em tudo foi tentado, mas sem pecado”; para que possa “socorrer aos que são tentados”. “se alguém pecar, temos um advogado para com o pai.” Isaias 53: 4; hebreus 4: 15; 2: 18; 1. João 2: 1. Sua intercessão é a de um corpo ferido e quebrantado, de uma vida imaculada. As mãos feridas, o lado traspassado, os pés cravejados, pleiteiam pelo homem decaído, cuja redenção foi comprada com tão infinito preço. “e conselho de paz haverá entre eles ambos.” O amor do pai, não menos que o do filho, é o fundamento da salvação para a raça perdida... E no ministério do santuário, no céu, “conselho de paz haverá entre eles ambos...” O Grande Conflito, pág.415, 416 e 417.
Deus o Pai é o Senhor dos exércitos. E Cristo o sumo sacerdote é o renovo apontado nesta profecia de Zacarias. Assim está respondida a quinta pergunta. Vejamos agora o próximo tópico. O chifre pequeno – o papado- analisaremos agora a profecia do apocalipse sobre este mesmo poder arrogante, blasfemador e perseguidor do povo de Deus:
“e a besta que vi... Foi-lhe dada uma boca, para proferir grandes coisas e blasfêmias; e deu-se-lhe poder por quarenta e dois meses. E abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu.” Apocalipse 13: 2, 5 e 6.
Aqui em apocalipse vemos este mesmo poder, o papado que e o anticristo blasfemando contra quatro coisas principais: 1º ele blasfema contra Deus o Pai que é o Senhor dos exércitos, 2º contra Jesus Cristo o filho de Deus que é o príncipe do exército, 3º blasfema também contra os anjos que habitam no céu e que são os exércitos de Deus e de seu Filho, 4º o papado blasfema contra o Tabernáculo ou contra o santuário de Deus que está no céu.
Devemos observar que nesta profecia de apocalipse, é dado ao papado poder por quarenta e dois meses para durante este período jogar por terra o santuário de Deus, estabelecendo em seu lugar a transgressão ou abominação desoladora. Cada mês profético tem 30 dias, e nesta profecia temos quarenta e dois meses, assim multiplicando 30 dias x 42 meses = teremos 1260 dias. E aplicando o principio dia ano profético, cada dia representando um ano aos 1260 dias, conforme números 14: 34 e Ezequiel 4: 6 temos então 1260 anos de opressão e perseguição papal; foi exatamente durante este período que o papado jogou por terra o contínuo e se engrandeceu contra Jesus o único mediador e príncipe do exército. Esta mesma profecia de 1260 anos tem, em outras partes do livro de apocalipse e de Daniel, ler apocalipse 11: 2, 3, 9, 11; 12: 6 e 14; Daniel 7: 25; 12: 7. Veja novamente outra citação do livro 1844 do autor Clifford Goldstein:
“Engrandeceu-se até mesmo acima de Jesus. Qualquer um que declara ter funções divinas, como os papas o têm feito, está engrandecendo-se à igualdade de Deus…” 1844 Pg. 70.
O pontífice romano arroga para si o título de papa e padre, tal expressão é um nome de blasfêmia contra Deus; papa e padre significa pai ou “pai dos pais”, e é por isso que Jesus mesmo nos advertiu dizendo:
“a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso pai, que está nos céus.” Mateus 23: 9.
E ainda na palavra de Deus lemos: “... Cristo é a cabeça da igreja...” Efésios 5: 23. Observe agora no livro o grande conflito como o papado se engrandeceu contra Jesus o mediador do santuário de Deus:
“E declarou-se ser o bispo de Roma a cabeça de toda a igreja… de cristo, o verdadeiro fundamento, transferiu- se a fé para o papa de Roma…” O Grande Conflito, página. 52.
Desta maneira, foi que o papado se engrandeceu contra o príncipe do exército, contra Jesus e sua mediação no santuário celestial. Novamente Clifford Goldstein no livro já citado diz:
“Além disso, o chifre pequeno aboliu o “sacrifício contínuo”, ou seja, o ministério do primeiro compartimento… o chifre pequeno estabeleceu um falso sacerdócio, rivalizando com a verdadeira mediação e de salvação instituídos por Deus… tirar o sacrifício contínuo, ou seja, o ministério de Cristo no santuário é algo que acontece através do sistema apóstata de mediação e intercessão- prerrogativas que pertencem a Cristo, no santuário celeste, mas que foram usurpadas pelo papado. Neste sentido, a “verdade” sobre o “lugar de seu santuário foi [deitada] abaixo”… mas como, por exemplo, poderia o papado “deitar por terra” o lugar… do santuário celestial…? Obviamente, o papado não foi até o céu e atacou, fisicamente, o santuário. Em vez disso, através de seu sistema que envolve a missa, clero, confissão, mediação, etc.- que são uma contrafação da vida, morte e ministério de cristo como sumo sacerdote (o “príncipe do exército”) o fundamento do trabalho de Cristo no céu se perdeu, ou, em certo sentido, foi “deitado por terra”. O trabalho do clero – através de suas transgressões contra a verdade divina realmente usurpou o contínuo “ministério mediador do príncipe dos exércitos celestiais. Intercessão, mediação e outros benefícios associados com o tamid estão sob o domínio do “exército” do “chifre pequeno”. O sacrifício da missa, confissão auricular, mediação dos padres, oração aos santos, na verdade, todo o sistema papal usurpou a verdade do santuário até que a mesma ficou perdida e foi “deitada abaixo”. Clifford Goldstein em seu livro 1844 Pg. 82, 78, 70, 68 e 71.
Depois desta explicação do Pastor Clifford Goldstein, leremos ainda o que diz o livro Grande Conflito sobre este assunto:
“em vez de confiar no filho de Deus para o perdão dos pecados e para a salvação eterna, o povo olhava para o papa e para os sacerdotes e prelados a quem delegava autoridade. Ensinava-se-lhes ser o papa seu mediador terrestre, e que ninguém poderia aproximar-se de Deus senão por seu intermédio; e mais ainda, que ele ficava para eles em lugar de Deus e deveria, portanto, ser implicitamente obedecido.… assim, a mente do povo desviava-se de Deus para homens falíveis e cruéis, e mais ainda, para o próprio príncipe das trevas que por meio deles exercia o seu poder… ensinava-se-lhes não somente a considerar o papa como seu mediador, mas a confiar em suas obras para expiação do pecado…” O Grande Conflito, pág. 52, 53.
Terrível era esta obra de blasfêmia contra Deus e contra o ministério de Cristo no santuário celestial, mais especificamente no lugar santo do santuário celeste. A obra das indulgências e de confissões de pecados ao papa considerando-o como seu mediador em lugar de Deus e de Cristo, foi a abominação desoladora profetizada no livro de Daniel a qual seria estabelecida no lugar do contínuo ministério de Cristo no lugar santo do primeiro compartimento do santuário celestial. Assim se cumpriu durante 1260 anos a risca a profecia do profeta Daniel no capítulo 8. E a verdade do seu santuário, foi, portanto lançado, por terra, pela obra do anticristo.
Bem, até aqui respondemos praticamente quase todas as perguntas feitas acima, vimos que o anticristo tirou o contínuo do príncipe do exército. E que este contínuo é o ministério de Cristo no lugar santo do primeiro compartimento do santuário celestial que foi substituído pela transgressão desoladora. Vimos também que esta transgressão desoladora ou abominação desoladora é a obra do anticristo e suas falsas mediações na qual o povo era desviado de Deus e da obra mediadora de seu filho como sumo sacerdote no seu templo celestial. E, no entanto a expressão “o lugar do seu santuário” em Daniel 8 se refere ao lugar santo do santuário celestial. Ainda em seu livro 1844 Clifford Goldstein diz:
“A palavra para contínuo no verso 11, tamid, tem fortes ligações com o santuário. A maioria das traduções diz “sacrifício contínuo” porque a palavra tamid, em referência ao serviço do santuário, é usada para o sacrifício contínuo (embora a palavra sacrifício não esteja no texto original) oferecido a cada manhã e tarde.” Clifford Goldstein em seu livro 1844 Pg. 66 e 67.
Aqui vimos que a palavra para contínuo no hebraico é tamid, com exceção da palavra “sacrifício” que foi acrescentada no texto original, veja o que Ellen White diz:
“vi em relação ao “contínuo” (Daniel. 8: 12), que a palavra “sacrifício” foi suprida pela sabedoria humana, e não pertence ao texto...” primeiros escritos, pág. 74
Agora para que possamos entender o que era o contínuo, isto é, o ministério de Cristo no primeiro compartimento do santuário celestial que o papado deitou por terra, precisamos ver na própria bíblia e nos testemunhos o que era o contínuo no serviço do santuário terrestre. “À lei e ao testemunho, se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles”. Isaias 8: 20. Aqui precisamos fazer a pergunta:
O que era feito continuamente no serviço do santuário terrestre pela qual o serviço feito no lugar santo era chamado de o contínuo?
Vamos aos textos e as respostas da palavra de Deus… e depois nos testemunhos do espírito de profecia. Os sacrifícios contínuos isto, pois, é o que oferecereis sobre o altar:
“dois cordeiros de um ano, cada dia, continuamente. Um cordeiro oferecerá pela manhã, e outro cordeiro oferecerá à tarde… este será o sacrifício contínuo por vossas gerações, a porta da tenda da congregação…” Êxodo 29: 38; 39 e 42.
Todos esses sacrifícios que era continuamente oferecido de manhã e à tarde era o tipo, que apontavam para o grande e único sacrifício oferecido na cruz do calvário que foi o antítipo. Esses sacrifícios contínuos destinavam-se a impressionar o povo a sentir constante necessidade do sangue de Cristo, simbolizando a consagração do povo a Deus. Os pães da proposição:
“Também tomarás da flor de farinha, e dela cozerás doze bolos: cada bolo será de duas dízimas. E o porás em duas fileiras, seis em cada fileira, sobre a mesa pura, perante o Senhor. E sobre cada fileira porás incenso puro, que será para o pão por oferta memorial; em cada dia de sábado, isto se porá em ordem perante o Senhor continuamente, pelos filhos de Israel, por concerto perpétuo. E será de Arão e de seus filhos, os quais o comerão no lugar santo...” Levitico 24:5-9.
“E sobre a mesa porás o pão da proposição perante a minha face continuamente.” Êxodo 25: 30.
O fato destes pães da proposição que estavam continuamente perante o Senhor, mostrava ao povo que eles eram continuamente dependentes de Deus para o pão de cada dia e das bênçãos espirituais. Os pães da presença representavam a Cristo, o verdadeiro pão da vida, que está por nós intercedendo continuamente diante de Deus.
“As lâmpadas continuamente ordena aos filhos de Israel que te tragam azeite de oliveira, puro, batido, para o candelabro, para manter as lâmpadas acesas continuamente. Arão as porá em ordem perante o Senhor continuamente, desde a tarde até a manhã, fora do véu do testemunho, na tenda da congregação… sobre o candelabro de ouro puro porá em ordem as lâmpadas continuamente.” Levítico 24: 2-4. Ver também êxodo 27: 20.
As lâmpadas que continuamente estavam acesas dentro do santuário, no lugar santo, iluminavam as paredes do Tabernáculo refletindo sua luz nas paredes de ouro puro. As lâmpadas continuamente acesas simbolizavam á Cristo a luz maior, a luz do mundo que unicamente pode iluminar o mundo que estava nas trevas do pecado e de Satanás, por isso é que dele está escrito:
“nele estava à vida, e vida era a luz dos homens. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam... Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo.” João 1: 4- 5, 9.
Estávamos em trevas de morte não havia quem pudesse nos livrar desta sentença: “certamente morreras”. Mais vindo Cristo que é a vida iluminou todo mundo com a esperança da vida eterna, e a luz raiou em meio às tremendas trevas que Satanás baixará sobre este planeta tão jovem. E ele mesmo disse:
“falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: eu Sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” João 8: 12.
As sete lâmpadas representam também as sete igrejas que foram edificadas por Deus em Cristo e chamadas para serem luzes menores a brilhar refletindo o caráter de Cristo para iluminar a outros, por isso que Jesus disse:
“vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem á vosso Pai, que está nos céus.” Mateus 5: 14- 16.
As sete lâmpadas que continuamente radiavam a sua luz no santuário, luz esta que tinha sua fonte de nutrição no azeite puro, assim as faziam brilhar resplandecendo luz, representa também a plenitude do espírito de Deus e de Cristo que pode nutrir o castiçal e fazendo-o iluminar através da palavra de Deus para que a possamos compreender e assim ser iluminados nosso entendimento, veja esta outra citação:
“e do trono saiam relâmpagos, e trovões, e vozes; e diante do trono ardiam sete lâmpadas de fogo, as quais são os sete espíritos de Deus.” Apocalipse 4: 5.
Note que as sete lâmpadas do santuário terrestre eram tipos das sete lâmpadas antítipos do santuário celestial, pois nesta última passagem que citamos, temos o profeta João na ilha de Pátmos, o qual teve uma visão do primeiro compartimento do santuário celestial chamado lugar santo. E lá ele viu as sete lâmpadas de fogo que ardiam diante do trono de Deus, que são os sete espíritos de Deus ou a plenitude e onipresença do espírito de Cristo. O incenso contínuo:
“farás também um altar para queimares nele o incenso… porás o altar defronte do véu que está diante da arca do testemunho, diante do propiciatório… Arão queimará sobre ele o incenso aromático; cada manhã, quando preparar as lâmpadas, o queimará. Quando, ao crepúsculo da tarde, acender as lâmpadas, o queimará; será incenso contínuo perante o Senhor.” Êxodo 30: 1,6-8.
Bem, aqui nós temos o altar de incenso, que ficava no lugar santo do santuário terrestre, e o incenso puro que era queimado de manhã e ao fim do dia à tarde. O incenso que era contínuo perante o Senhor representava os méritos e a justiça de Cristo, o qual pode tornar aceitáveis as nossas orações diante de Deus. Assim enquanto o sacerdote estava oferecendo o incenso no lugar santo dentro do santuário, o povo estava do lado de fora oferecendo suas orações diante de Deus. Depois iremos ver os Testemunhos dizer que na hora do sacerdote oferecer o incenso, era o momento em que o sacerdote mais se sentia impressionado com a presença de Deus, que se manifestava na nuvem no propiciatório do lugar santíssimo do santuário terrestre, que as vezes a nuvem tomava conta do lugar santo também, sendo o sacerdote obrigado a se retirar do lugar para a entrada do primeiro véu que dá entrada para o lugar santo. Lembrando que na hora do sacerdote oferecer o incenso, o povo devia se aproximar de Deus pelo sangue e pelo incenso. Agora veremos no espírito de profecia os significados sobre cada, detalhes, serviços e atos contínuos realizados no pátio e principalmente no lugar santo do santuário terrestre. Vamos aos textos dos testemunhos para compreender melhor os serviços e atos contínuos.
Os sacrifícios contínuos
“O cerimonial contínuo era efetuado no altar dos holocaustos, no pátio do tabernáculo, bem como no lugar santo… o culto cotidiano consistia no holocausto da manhã e da tarde… toda manhã e tarde, um cordeiro de um ano era queimado sobre o altar, com sua apropriada oferta de manjares, simbolizando assim a consagração contínua da nação a Jeová, e sua constante necessidade do sangue expiatório de Cristo… as horas designadas para o sacrifício da manhã e da tardinha eram consideradas sagradas, e, por toda a nação judaica, vieram a ser observadas como um tempo reservado para a adoração… neste costume tem os cristãos um exemplo para a oração da manhã e da noite. Conquanto Deus condene um mero ciclo de cerimônias, sem o espírito de adoração, olha com grande prazer àqueles que o amam, prostrando-se de manhã e à noite, a fim de buscar o perdão dos pecados cometidos e apresentar seus pedidos de bênçãos necessitadas…” Patriarcas e Profetas, pág. 352, 353 e 354.
Vimos aqui que o serviço no cerimonial contínuo, era tanto no altar dos holocaustos bem como no primeiro compartimento do santuário terrestre; então os sacrifícios contínuos oferecidos de manhã e a tarde simbolizava a consagração contínua da nação a Deus. E mostrava a sua constante necessidade do sangue de Cristo para purificá-los e consagrá-los para que fossem aceitos por Deus. E nossas orações devem ser constantes, qual, sacrifícios a serem apresentados por Cristo ao pai pelo incenso de sua justiça e pelo seu sangue. Aqui entra a nossa necessidade do culto matutino e vespertino, no qual devemos oferecer as nossas orações de manhã e a tarde no por do sol.
Os pães da proposição contínua.
“No primeiro compartimento ou lugar santo estavam a mesa dos pães da proposição… a mesa com os pães da proposição ficava do lado do norte. Com a sua coroa ornamental era ele coberto de ouro puro. Sobre esta mesa os sacerdotes deviam cada sábado colocar doze pães, dispostos em duas colunas, e aspergidos com incenso. Os pães que eram removidos, sendo considerados santos, deviam ser comidos pelos sacerdotes… os pães da proposição eram mantidos sempre perante o Senhor como uma oferta perpétua. Assim, era isto uma parte do sacrifício cotidiano. Era chamado o pão da proposição, ou “pão da presença”, porque estava sempre diante da face do senhor. Êxodo. 25: 30. Era um reconhecimento de que o homem depende de Deus, tanto para o pão temporal como o espiritual, e de que este é recebido apenas pela mediação de Cristo… Deus alimentara Israel no deserto com o pão do céu e ainda dependiam eles de sua munificência tanto para o pão temporal como para as bênçãos espirituais. Tanto o maná como o pão da proposição apontavam para Cristo, o pão vivo, que sempre está na presença de Deus por nós. Ele mesmo disse: “eu sou o pão vivo que desceu do céu”. O incenso era posto sobre os pães. Quando o pão era retirado, cada sábado para ser substituído por outro, fresco, o incenso era queimado sobre o altar, em memória, diante de Deus.” Patriarcas e profetas, página. 348, 354.
Sem muitos comentários, pois o texto está muito claro, quero ressaltar o fato de que o pão temporal e o espiritual, este é recebido unicamente pela mediação de Cristo no santuário celestial. E segundo o espírito de profecia o sangue de Cristo é aspergido ou salpicado no santuário para conceder-nos bênçãos tanto temporal como espiritual, veja e note esta citação:
“Todas as bênçãos precisam vir por meio de um mediador. Agora todo membro da família humana está inteiramente entregue nas mãos de Cristo, e tudo que possuímos – quer seja o dom de dinheiro, de casas, de terras, de faculdades de raciocínio, de força física, ou de talentos intelectuais – nesta vida presente, e as bênçãos da vida futura, é colocado em nosso poder como tesouros de Deus a serem aplicados fielmente para benefício do homem... Todas as coisas provêm de Deus. Desde os menores benefícios até a maior benção, tudo flui através do único conduto – uma mediação sobre-humana salpicada com o sangue cujo valor é inestimável porque era a vida de Deus em seu filho.” Fé e Obras, página. 19.
Analisando o penúltimo texto acima com este último texto, teremos a compreensão de que, assim como a nossa necessidade do pão temporal e espiritual é contínua e dele precisamos todos os dias, e este é recebido apenas pela mediação de Cristo, então o sangue precisa ser aspergido ou salpicado continuamente todos os dias, pois segundo lemos: todas as bênçãos vem de Deus a nós, por meio de uma única maneira, diz o texto: “uma mediação sobre-humana salpicada com o sangue cujo valor é inestimável porque era a vida de Deus em seu filho”. Aqui cai por terra a idéia inventada pelo pai da mentira, de que não se carece de aspersão contínua no santuário celestial. Aqueles que afirmam isto, não sabem, eles mesmos o que estão afirmando. Assim se cumpre a palavra na qual está escrito:
“querendo ser mestres da lei, e não entendendo nem o que dizem nem o que afirmam.” 1. Timóteo 1: 7.
As lâmpadas contínuas:
“No primeiro compartimento, ou lugar santo, estavam… o castiçal ou candelabro… do lado do sul estava o castiçal de sete ramos, com as suas sete lâmpadas. Seus ramos eram ornamentados, com flores artisticamente trabalhadas, semelhantes a lírios, e o todo era feito de uma peça de ouro maciço… não havendo janelas no Tabernáculo, nunca ficavam apagadas todas as lâmpadas a um tempo, mas espargiam sua luz dia e noite.” Patriarcas e profetas, página. 348.
E no grande conflito lemos:
“as paredes (do santuário) tinham a aparência de ouro maciço, refletindo em todas as direções a luz das setes lâmpadas do castiçal de ouro. O grande conflito, pág. 414.
Em outra parte dos testemunhos lemos que:
“... Quando os ungidos se esvaziam pelos canudos de ouro, o dourado óleo flui deles para os vasos de ouro, para manar para as lâmpadas, as igrejas.” Testemunhos para os Ministros, pág. 337.
Aqui neste texto, temos os ungidos que representam os anjos que ministram o azeite dourado para abastecer as lâmpadas que são as igrejas, ainda em outra parte lemos:
“são os que estão no coração da obra vasos escolhidos que possam receber o óleo dourado que os mensageiros celestes, representados por duas oliveiras, esvaziam nos canudos de ouro para abastecer as lâmpadas?” Testemunhos para os Ministros, pág. 397.
O que representa o óleo dourado que os anjos, os ungidos comunicam aos servos de Deus que são vasos escolhidos para pregar as verdades presente às igrejas? Veja em outro texto:
“o óleo dourado representa o espírito santo.” Testemunhos para Ministros, pág. 188.
Assim de certa forma, podemos dizer que as sete lâmpadas do santuário que eram abastecidas com o azeite dourado puro de oliveira representam não somente a pessoa de Cristo que é a luz do mundo, mas também representa o ministério dos anjos que ministram o espírito santo aos servos de Deus, para que estes mensageiros humanos possam ser luzes e fazer a luz da palavra da verdade brilhar com maior poder.
O incenso contínuo
“no primeiro compartimento, ou lugar santo, estavam… o altar de incenso… precisamente diante do véu que separava o lugar santo do santíssimo e da presença imediata de deus, achava-se o áureo altar de incenso. Sobre este altar o sacerdote devia queimar incenso todas as manhãs e tardes; suas pontas eram tocadas com o sangue da oferta para o pecado, e era aspergido com sangue no grande dia de expiação... O fogo neste altar fora aceso pelo próprio Deus, e conservado de maneira sagrada. Dia e noite o santo incenso difundia sua fragrância pelos compartimentos sagrados, e fora, longe, em redor do tabernáculo… na oferta do incenso o sacerdote era levado mais diretamente à presença de Deus do que em qualquer outro ato do ministério contínuo… quando o sacerdote oferecia incenso perante o Senhor, olhava em direção à arca; e, subindo a nuvem de incenso, a glória divina descia sobre o propiciatório e enchia o lugar santíssimo, e muitas vezes ambos os compartimentos, de tal maneira que o sacerdote era obrigado a afastar-se para a porta do santuário. Como naquele cerimonial típico o sacerdote olhava pela fé ao propiciatório que não podia ver assim o povo de Deus deve hoje dirigir suas orações a Cristo, seu grande sumo sacerdote que, invisível aos olhares humanos, pleiteia em seu favor no santuário celestial. O incenso que subia com as orações de Israel, representa os méritos e intercessão de Cristo…” patriarcas e profetas, páginas. 348, 353.
Aqui temos o altar de incenso, no qual o sacerdote queimava incenso todos os dias, de manhã e a tarde. Este era o incenso contínuo perante o Senhor. Vimos aqui que este era o momento em que o sacerdote entrava mais diretamente à presença de Deus do que em qualquer outro serviço do ministério contínuo. E devemos hoje, além de oferecer nossas orações a Deus, dirigir as nossas orações a Cristo que pleiteia com o seu sangue e os méritos de sua justiça para torná-las aceitáveis a Deus o Pai.
Sangue contínuo:
“A parte mais importante do ministério contínuo era o serviço efetuado em prol do indivíduo. O pecador arrependido trazia a sua oferta à porta do Tabernáculo e, colocando a mão sobre a cabeça da vítima, confessava seus pecados, transferindo-os assim, figuradamente, de si para o sacrifício inocente. Pela sua própria mão era então morto o animal, e o sangue era levado pelo sacerdote ao lugar santo e aspergido diante do véu, atrás do qual estava a arca que continha a lei que o pecador transgredira. Por esta cerimônia, mediante o sangue, o pecado era figuradamente transferido para o santuário. Nalguns casos o sangue não era levado ao lugar santo (ver apêndice, nota 6); mas a carne deveria então ser comida pelo sacerdote, conforme instruiu Moisés aos filhos de Arão, dizendo: “o senhor a deu a vós, para que levásseis a iniqüidade da congregação.” Levítico 10: 17. Ambas as cerimônias simbolizavam semelhantemente a transferência do pecado, do penitente para o santuário. Tal era a obra que dia após dia continuava, durante o ano todo...” Patriarcas e Profeta, pág. 354 e 355.
Aqui vimos que de todos os serviços realizados no lugar santo do santuário terrestre, o serviço mais importante do ministério contínuo era o serviço feito individualmente por cada pessoa que trazia a sua oferta para sacrifício e mediante esta, prover assim o sangue para o sacerdote aspergir no lugar santo do santuário a fim de conceder o perdão ao pecador. Esta obra era feita como diz a serva do Senhor: “dia após dia continuava, durante o ano todo...”, “dia após dia se prolongava por todo o ano…” (G.C, Pg. 418) e veja que a profetisa diz que, em alguns casos o sangue do animal não era levado ao lugar santo, neste caso os sacerdotes deveriam comer a carne no lugar santo quando o sangue não era levado ao lugar santo. Diz a profetisa que tanto o sangue levado para dentro do santo como a carne comida dentro do lugar santo eram a maneira de se transferir os pecados dos indivíduos para dentro do santuário contaminando-o, assim se fazia necessário sua purificação uma vez ao ano no dia da expiação no lugar santíssimo:
“Sem derramamento de sangue, diz Paulo, não há remissão de pecado. A vida da carne está no sangue. Levítico 17: 11. A lei de Deus, sendo violada, exige a vida do transgressor. O sangue, representando a vida que o pecador perdera, pecador cuja culpa a vítima sofria, era levado pelo sacerdote ao lugar santo e aspergido diante do véu, atrás do qual estava a arca contendo a lei que o pecador transgredira. Por esta cerimônia, o pecado transferia-se, mediante o sangue, em figura, para o santuário... Esta era a obra que, dia após dia se prolongava por todo o ano…” O Grande Conflito, página. 418.
Tenha em mente amado leitor que o serviço na terra era o tipo, e o do céu é o antítipo, a realidade. Neste texto, observe que Ellen White faz a comparação do antítipo para o tipo.
“… como Cristo, por ocasião de sua ascensão, compareceu à presença de Deus, a fim de pleitear com seu sangue em favor dos crentes arrependidos, assim o sacerdote, no ministério contínuo, aspergia o sangue do sacrifício no lugar santo em favor do pecador.” Patriarcas e profetas, pág. 357.
Lembrando que a palavra “como” ou “assim” significa: “da mesma maneira que”. Isso quer dizer que assim como Cristo fez no lugar santo, o fez da mesma maneira que o sacerdote fazia no lugar santo do santuário terrestre, isto é, aspergindo o sangue. Então temos que aceitar o fato de que Cristo aspergiu o seu próprio sangue no lugar santo do santuário celestial, desde a sua ascensão até o término de sua obra neste lugar em 1844, passando para o santíssimo. Veja agora no livro O Grande Conflito quanto tempo Cristo permaneceu no lugar santo fazendo ministração de aspersão com seu próprio sangue:
“durante dezoito séculos este ministério continuou no primeiro compartimento do santuário. O sangue de cristo, oferecido em favor dos crentes arrependidos, assegurava-lhes perdão e aceitação perante o pai...” O grande Conflito, página. 421.
Este serviço realizado no lugar santo durante 1800 anos foi o ministério contínuo que o papado jogou por terra. No próximo texto observe que duas coisas (o sangue e o incenso) era apresentado continuamente no lugar santo do santuário terrestre e Ellen White faz a comparação do tipo para o antítipo, mostrando que Cristo fez a mesma coisa durante dezoito séculos o lugar santo do santuário celestial:
“era a obra do sacerdote no ministério contínuo, a fim de apresentar perante Deus o sangue da oferta pelo pecado, bem como o incenso que ascendia com as orações de israel. Assim pleiteava Cristo com seu Sangue, perante o pai, em favor dos pecadores, apresentando também, com o precioso aroma de sua justiça as orações dos crentes arrependidos.” O grande conflito, 420.
Então duas coisas, Cristo ministrou durante dezoitos séculos no lugar santo do santuário celestial, o seu próprio sangue e o incenso de sua justiça aos crentes no período da ministração de Cristo no primeiro compartimento do santuário celestial. Foi exatamente esta obra de ministração que o papado jogou por terra durante a idade média. Porque Cristo ministrou o seu sangue durante dezoitos séculos? Porque ele havia levado o seu próprio sangue para o santuário celestial quando de sua ascensão ao lugar santo, observe esta citação abaixo:
“O grande sacrifício havia sido oferecido e aceito, e o espírito santo, que desceu no dia de pentecoste, levou a mente dos discípulos do santuário terrestre para o celestial, onde Jesus havia entrado com o seu próprio sangue, a fim de derramar sobre os discípulos os benefícios de sua expiação.” Primeiros escritos, pág. 260.
Esta citação condiz com a próxima citação que iremos ler:
“Assim Cristo, em sua própria justiça imaculada, depois de derramar seu sangue precioso, penetra no lugar santo para purificar o santuário. E ali o sangue é trazido e usado no serviço de reconciliar Deus com o homem… a aspersão repetida ilustra o caráter completo da obra que tinha de ser realizada em favor do pecador arrependido… o sangue de Cristo é eficaz, mas precisa ser aplicado continuamente.” Testemunhos para igreja, vol. 4. Pág. 122.
Leia estes dois textos outra vez e tire suas conclusões, pois são textos muito claros. Mostra nos um caminho que não existe erro, nem especulação nenhuma.
“E braços serão colocados sobre ele, que profanarão o santuário e a fortaleza, e tirarão o sacrifício contínuo, estabelecendo abominação desoladora.” Daniel 11: 31.
“E desde o tempo em que o sacrifício contínuo for tirado e posto a abominação desoladora, haverá 1290 dias. Bem - aventurado o que espera e chega até 1335 dias.” Daniel 12: 11 e 12.
O que significam essas datas proféticas e cronológicas? 1290 dias aplicando cada dia por um ano (números 14: 34. Ezequiel 4: 6) temos então 1290 anos. A profecia diz: e desde o tempo em que for tirado o contínuo sacrifício. Isto é, desde 508 haverá 1290 anos. 1290+508 – sacrifício contínuo foi tirado. Em 538 a igreja católica se estabeleceu. 1798 - o papado recebeu a ferida de morte conforme predito na profecia de apocalipse. 13: 3 no qual lemos: “e vi uma de suas cabeças como ferida de morte...” Mas a profecia também diz: bem-aventurado aquele que chega até 1335 dias, aplicando o dia profético cada dia por um ano, teremos 1335 anos. 1335 + 508= 1843 o que aconteceria ou aconteceu em 1843? Veja o que diz Ellen g. White:
“a primeira e a segunda mensagens foram transmitidas em 1843 e 1844, e estamos agora sob a proclamação da terceira, mas todas as três mensagens devem ainda ser proclamadas...” Eventos Finais, pág. 78.
O que aconteceu foi exatamente o surgimento de um povo na terra no próprio tempo predito pelas profecias de Daniel e Apocalipse, e este povo surgiu com a incumbência de proclamar ao mundo as três mensagens angélicas que apontam para o santuário de Deus e anuncia que é chegada a hora do juízo de Deus. O que diz a mensagem do primeiro anjo? Em apocalipse lemos:
“e vi outro anjo voar pelo meio do céu, tendo o evangelho eterno para o proclamar a todos os que habitam na terra e a toda nação e tribo e língua e povo dizendo com grande voz: temei a Deus e daí-lhe a glória, porque chegada é a hora do seu juízo, e adorai aquele que fez o céu e terra e o mar e as fontes das águas.” Apocalipse 14: 6.
E ainda em Daniel lemos:
“e até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado.” Daniel 8: 14.
A pergunta é: para onde apontam estas mensagens? Ellen g. White diz:
“tanto a profecia de Daniel, capítulo 8, verso 14 – “até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado”. – como a mensagem do primeiro anjo – “temei a deus e daí-lhe a glória; porque vinda é a hora de seu juízo,”— indicavam o ministério de Cristo no lugar santíssimo, o juízo investigativo...” O grande Conflito, pág. 424.
Ou seja, por volta de 1843 e 1844, estava tendo na terra o surgimento de um povo levantado por Deus para restaurar as verdades que o papado jogou por terra na idade média. Uma dessas verdades com toda certeza era a verdade do santuário celestial e de um todo poderoso mediador entre nós e Deus. Por volta de 1843 e 1844 os mileritas estavam proclamando uma mensagem que restauraria a verdade sobre o santuário de Deus e do ministério de Cristo. A profecia de Daniel diz que: “bem-aventurado e santo aquele que espera e chega até 1335 dias.” Daniel 12: 12. Ora, porque bem-aventurado e santo aquele que espera e chega até 1335 dias? Já vimos que 1335 dias são 1335 anos aplicando o dia profético, cada dia por um ano, e que somando 1335 anos ao ano 538, data na qual começou o papado a jogar por terra o contínuo, isto é, o ministério celestial de Cristo por terra, tem então o ano de 1843. 1843 foi exatamente o período em que na terra os mileritas estavam proclamando a mensagem do primeiro anjo que apontava para o santuário de Deus e o ministério de Cristo no lugar santíssimo.
Por isso que bem-aventurado, que quer dizer: feliz aquele que chegasse a viver até 1843 em diante, porque daí em diante os crentes sinceros teriam conhecimento da obra e do ministério de Cristo em uma nova e última fase finalizadora para o término do plano da redenção em favor do homem. Essa nova fase, seria a obra da expiação final no lugar santíssimo do santuário celestial; e a obra da expiação final envolve uma obra de juízo investigativo e de apagamento dos pecados tanto dos mortos como dos vivos.
Em 1843 os adventistas mileritas proclamavam a mensagem do primeiro anjo anunciando o fato de que na primavera de 1844, Jesus Cristo voltaria para purificar a terra com fogo que segundo eles seria a purificação do santuário predito na profecia de Daniel 8: 14. Bem, todos nós sabemos a história, o tempo passou e Jesus não voltou como se esperava pelo povo do advento, com isso sofreram desapontamento. Um pequeno grupo fiel continuou a examinar para ver a onde estava o erro, e porque Jesus não voltou na data esperada. Com o passar do tempo examinando mais as profecias, os crentes no advento chegaram a compreensão de que a data para a primavera de 1844 não era a data em que terminaria os 2300 anos de Daniel 8: 14, mas descobriram pelo livro de Levítico, que a purificação do santuário ocorria no décimo dia do sétimo mês, e a partir daí, eles entenderam que a data correta para o término dos 2300 anos de Daniel 8: 14 cairiam no dia 22 de outubro de 1844.
Com esta nova descoberta os crentes no advento se reanimaram e se uniram ainda mais para proclamar que Jesus voltaria no dia 22 de outubro de 1844 para purificar a terra que segundo eles seria a purificação do santuário de Daniel 8: 14. Bem, o tempo passou e a data de 22 de outubro de 1844 chegara, e lá estava o povo do advento, todos no campo aguardando a volta de Jesus que viria com grande poder e glória. Os crentes no advento haviam abandonado tudo por Cristo e pela sua segunda vinda aguardando-a com grande expectativa. Novamente o povo do advento sofreu um segundo e grande desapontamento, esta foi uma amarga prova para o povo do advento. De fato a profecia de apocalipse já havia predito o surgimento de um povo que passaria por um grande desapontamento, vejamos:
“E a voz que eu do céu tinha ouvido tornou a falar comigo, e disse: Vai, e tom o livrinho aberto da mão do anjo que esta em pé sobre o mar e sobre a terra. E fui ao anjo, e dizendo-lhe: Dá- me o livrinho. E ele disse-me: Toma-o, e come-o, e ele fará amargo o teu ventre, mas na tua boca será doce como mel. E tomei o livrinho da mão do anjo, e comi-o; e na minha boca era doce como mel; e, havendo-o comido, o meu ventre ficou amargo.” Apocalipse 10: 8-10
Foi deste fato que veio a surgir a igreja adventista do sétimo dia, tendo como mensagem central o dia da expiação.
Pequeno Sumario.
Para fechamos este assunto, vamos expor o conteúdo geral do mesmo. Tivermos como inicio do nosso estudo a profecia de Daniel 8:9-14 que nos fala de um ataque contra a obra do “continuo” e que este ataque deveria ser feito pelo “chifre pequeno” o papado, o anti-Cristo e sabemos que o “continuo” foi a obra efetuada por Cristo nosso sumo sacerdote no lugar santo do santuário celestial entre os anos 31 até 1844. Foi entre os anos de 538 até 1798, espaço que durou a supremacia papal. Neste período foi à verdade da mediação continua de Cristo no santuário celestial lançada por terra, toda verdade do santuário e aquilo que ela representava para nossa salvação. O papado, o filho da perdição, o anti-Cristo, criou e colocou em seu lugar a mediação de santos, velas, missa e etc. criando uma contrafação da verdade levando os seres humanos a olharem para os homens em lugar de Cristo para buscar a salvação das suas almas.
Até que Deus levanta um movimento que tinha por fim restaurar a verdade do santuário e revelar ao mundo um todo poderoso mediador que preiteia diante de Deus por nós apresentando nossas orações e seu precioso sangue derramado por nos na cruz do calvário em nosso favor. Foi restaurada e revelada a segunda parte da obra de Cristo em prol do homem no santuário celestial onde Cristo o nosso sumo sacerdote que esta levando a efeito a obra de apagamento de pecado, o juízo investigativo, ou melhor, o dia antítipo da expiação que esta sendo feita desde 1844 com o seu precioso sangue, em um santuário literal, em um Céu literal, tendo um Deus pessoal, e literal.
Satanás está hoje desviando a atenção do povo de Deus desta verdade para assuntos secundários e da mesma forma do passado esta atacando a segunda fase do ministério celestial de Cristo. Trazendo confusão e com um único objetivo iludir e enganar para que o povo não adquira o devido preparo para receber a chuva serôdia. Leiamos as seguintes advertências da serva do Senhor:
“Satanás concebe inúmeros planos para nos ocupar a mente, para que ela se não detenha no próprio trabalho com que devemos estar mais familiarizados. O arqui-enganador odeia as grandes verdades que apresenta um sacrifício expiatório e um todo poderoso mediador. Sabe que para ele tudo depende de desviar a mente, de Jesus e de Sua verdade... O grande conflito entre cristo e Satanás, que tem prosseguido durante quase seis mil anos, logo deve terminar; e o maligno redobra seus esforços para frustrar a obra de Cristo em prol do homem, e prender as almas em suas ciladas. Reter o povo em trevas e impenitência, até que termine a mediação do salvador e não mais haja sacrifício pelo pecado, é objetivo que ele procura realizar”. O Grande Conflito, Pg.488, 518.
“O grande plano da redenção, conforme revelado na obra final para estes últimos dias deve ser o objetivo de cuidadoso exame. As cenas relacionadas com o santuário superior devem causar tal impressão sobre a mente e coração de todos a tal ponto que sejam capazes de impressionar a outros. Todos necessitam conhecer melhor a obra de expiação, que está sendo realizada no santuário celeste. Quando esta grande verdade for vista e compreendida, aqueles que a aceitaram trabalhão em harmonia com Cristo para preparar um povo que permaneça em pé no grande dia de Deus, e seus esforços serão bem sucedidos. Pelo estudo, contemplação e oração, o povo de Deus se elevará acima do comum e dos pensamentos e sentimentos terrestres e serão colocados em harmonia com Cristo e Sua grande obra de purificação do santuário celestial em relação aos pecados do povo. Sua fé entrará com Cristo no santuário, enquanto os adoradores na terra estarão cuidadosamente reexaminando suas vidas e comparando o caráter com o grande padrão de justiça. Eles verão seus próprios defeitos; e compreenderão a necessidade de receber o auxilio do espírito de deus a fim de serem qualificados para o grande e solene trabalho deste tempo o qual está confiado aos embaixadores de Deus”. Testimonies Vol.5 Pg.575 (Citado em O ritual do Santuário, Pg.293,294)
Que Deus possa te abençoar grandemente. Das verdades finais para o povo de Deus, hoje devemos centralizar no ministério de Cristo no santuário celestial que é o próprio centro da obra de Cristo por nos. Na próxima postagem trataremos de responder o material do Alexandre Botelho com o titulo “O santuário e seus ritos” e logo após “O espírito de dominação dentro dos movimentos leigos” aguarde!
Grupo leigo de Cotia, defendendo o verdadeiro adventismo histórico.
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